Por oposição, 31% dos diretores de empresas antecipam que este regresso será concretizado já em finais deste ano, de acordo com um inquérito da consultora que abrangeu 500 CEO mundiais, mas nenhum português.
Escrita Por: Administração | Publicado: 3 years ago | Vizualizações: 5 | Categoria: Empresas
O relatório “KPMG CEO Outlook Pulse Survey 2021” concluiu que quase metade dos diretores executivos (CEO) globais, que participaram neste estudo da consultora, esperam um retorno ao “normal” apenas em 2022.
Os CEO das maiores e mais influentes empresas a nível global estão a planear como será a “nova realidade” pós-pandemia.
“O KPMG CEO Outlook Pulse Survey de 2021 revela que quase metade dos CEO inquiridos (45%) esperam um retorno ao “normal decurso” dos seus negócios apenas em 2022, por oposição a quase 31% dos CEO que antecipam que este regresso será concretizado já em finais deste ano”, lê-se no comunicado.
As alterações trazidas pela pandemia resultam também na constatação por parte de um quarto dos questionados (24%) de que o seu modelo que negócio foi alterado para sempre.
O estudo conduzido pela KPMG, entre Fevereiro e Março de 2021, ouviu 500 CEO de empresas globais, sobre qual a resposta das suas empresas à pandemia e também sobre as suas previsões para os próximos três anos.
Os cerca de 500 CEO são de de onze geografias diferentes (Austrália, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, Espanha, Reino Unido, e Estados Unidos da América). Não nenhum português no inquérito.
Os inquéritos decorreram entre janeiro e março 2021. Todas as empresas consideradas têm receitas superiores a 500 mil dólares americanos anuais e 35% destas têm mais de 10 mil milhões de dólares americanos de receitas anuais.
O estudo questionou líderes empresariais das “maiores e mais influentes empresas a nível mundial”, para obter as suas opiniões e previsões num horizonte a três anos, sobre os panoramas económicos e financeiros, como também sobre a pandemia da Covid-19.
O estudo da KPMG revela que a maioria, 55%, está apreensiva com o demorado acesso dos seus trabalhadores à vacina da Covid-19, o que influencia as suas previsões no que toca ao regresso dos trabalhadores ao local de trabalho. A quase totalidade dos CEO globais (90%), consideram até pedir à suas pessoas que reportem quando forem vacinadas, pois esta medida irá contribuir nas ações de proteção da empresa no geral.
No entanto, um terço dos inquiridos estão inquietos quanto às informações públicas relativamente à fiabilidade das vacinas e quanto ao processo de vacinação, uma vez que esta “desinformação” poderá potenciar uma recusa em ser vacinado, por parte dos seus colaboradores.
Entre as principais conclusões do estudo está o facto de que o Governo e os números de vacinação impulsionam a tomada de decisões. Três quartos dos CEO (76%) percecionam as sugestões do governo para que as empresas retomem ao “normal” nos seus negócios e como um incentivo para pedir aos seus recursos humanos para regressarem ao trabalho presencial.
Somando a isto, 61% dos líderes empresariais dizem que precisam ver o processo de vacinação com mais de 50% da população vacinada, para avançarem com as medidas de regresso ao escritório.
Quando os recursos humanos puderem retornar com segurança aos seus locais de trabalho, um quinto das empresas preveem instituir medidas adicionais de precaução e segurança, como por exemplo apenas aceitar visitas presenciais de pessoas já vacinadas.
Os CEO globais estão menos inclinados para incentivar o trabalho remoto, face há seis meses, conclui a análise.
O estudo da KPMG constata que apenas 17% dos líderes empresarias procuram reduzir a presença física no escritório, em resultado da pandemia. Por oposição aos 69% dos CEO inquiridos em Agosto de 2020, que diziam que pretendiam reduzir as dimensões físicas dos escritórios nos próximos três anos – o que demostra que ou as estratégias de redução dos espaços já efetivamente tomaram lugar, ou que a pandemia fez com que os CEO mudassem de ideias.
Os CEO disseram à KPMG que “estão apreensivos quanto ao cenário da totalidade dos seus colaboradores estar em trabalho remoto”. Apenas três em cada dez consideram um modelo híbrido no que concerne aos tipos de trabalho dos seus recursos humanos: remoto e físico. Por conseguinte, apenas um quinto, (21%) consideram contratar novos colaboradores que trabalhem maioritariamente em modo remoto, o que representa uma grande mudança comparativamente ao ano passado (73% em 2020).
A cibersegurança é a principal preocupação dos CEO segundo o estudo, pois com a realidade do confinamento, o trabalho remoto tornou-se o normal, o que representa um conjunto de riscos, para as empresas, em termos de segurança cibernética. Por isso, os CEO identificam agora questões de cibersegurança como prioridade, com impacto no crescimento e nas suas operações, nos próximos três anos.
A categoria da cibersegurança surge à frente de temas como a regulação, a fiscalidade e a cadeia de fornecimento.
As questões ambientais ESG (environmental, social and corporate governance) continuam a ganhar importância na agenda dos presidentes executivos das empresas.
Na sequência dos EUA reentrarem no Acordo de Paris e do agendamento do encontro COP26 para finais de 2021, quase metade dos CEO planeiam pôr em prática mais medidas no âmbito do ESG. A vasta maioria (89%) dos líderes estão focados em “congelar” os ganhos na área da sustentabilidade e das alterações climáticas que as suas empresas obtiveram em resultado da pandemia.
Praticamente a totalidade dos CEO (96%) procuram dar mais atenção à componente “Social” dos seus programas de âmbito ESG.
“Antes de quaisquer grandes decisões serem tomadas, os CEO têm que estar confiantes que os seus recursos humanos estão protegidos contra a Covid-19. O cenário de ter os seus colaboradores vacinados confere uma dose de otimismo, sobre a qual se baseiam para preparar a nova realidade”, explica Bill Thomas, global chairman da KPMG.
“Este abrangente estudo revela que alguns CEO tomaram fortes medidas durante a crise, para transformar os seus modelos de negócio e para encontrar novas formas de trabalhar, acelerando profundas transformações – umas por opção, outras por necessidade. A pandemia tem sido também um catalisador para que os CEO reconsiderem o papel que as suas empresas têm na sociedade. Muitos líderes empresarias deram voz a temas que até à data não tinham sido considerados, como as alterações climáticas e a prestação de apoio às comunidades onde operam. É claramente preciso continuar neste sentido, pois há ainda muito para ser feito”, destaca no comunicado Vítor da Cunha Ribeirinho, vice-presidente da KPMG Portugal.
AMB: “Oitava Redução na Taxa de Juro Coloca Prime Rate em 19,8%”
3 weeks ago“Moçambique Vai Vencer o Terrorismo” – Ministro da Defesa
7 months agoGapi e M-Pesa Firmam Acordo Para Inclusão Financeira de Empreendedores Rurais
1 year agoAbsa Bank Reabre Agências Nas Cidades de Xai-Xai e Maxixe
1 year ago