As sanções a sete membros do governo russo bem como a 13 empresas são uma resposta ao envenenamento de Navalny em 2020, mas também à detenção do crítico do Kremlin.
Escrita Por: Administração | Publicado: 3 years ago | Vizualizações: 2 | Categoria: Internacional
Os Estados Unidos informaram, esta terça-feira, que vão impor sanções contra sete funcionários do governo russo e 13 empresas da Rússia e Europa, em resposta ao envenenamento do líder da oposição Alexei Navalny, segundo o “The Guardian”.
As medidas são também uma resposta à continuação de Navalny na cadeia, na Rússia. Altos funcionários do governo dos EUA descreveram as medidas tomadas, como uma recuperação das sanções que não foram impostas a Moscovo, uma vez que o governo Trump deixou passar a controvérsia com envenenamento do crítico do Kremlin.
Os sete oficiais russos alvo das sanções ainda não foram identificados, mas qualquer propriedade ou transação nos Estados Unidos será congelada ou bloqueada. Os que realizem transações por estas pessoas também poderão estar sujeitos a sanções. Sabe-se que nove russos, três alemães e uma suíça, bem como um instituto de investigação do governo da Rússia, estão a ser colocados numa “lista de entidades”, o que significa que as negociações dos EUA com estas empresas exigiriam uma licença “sob presunção de negação”. Os nomes das devem ser divulgados ainda esta terça-feira.
Desde a chegada de Joe Biden à presidência dos EUA muito mudou, inclusive a relação dos americanos com os russos. As autoridades americanas referiram que a política em relação à Rússia agora está a ser coordenada de perto com os aliados europeus. Nas próximas semanas, os EUA prometem anunciar mais medidas, mas em resposta ao ataque cibernético Solar Winds do ano passado, a interferência russa nas eleições de 2020.
“O tom e o conteúdo da nossa conversa com a Rússia e das nossas conversas sobre a Rússia, vão ser muito diferentes do que vimos com o governo anterior”, referiu um membro do executivo de Biden ao “The Guardian”. “Estamos a tentar encontrar estabilidade e previsibilidade e áreas de trabalho construtivo com a Rússia, onde é do nosso interesse fazer isso”, completou.
As sanções que vão ser impostas representam uma expansão daquelas já impostas em resposta ao ataque ao ex-espião Sergei Skripal e à sua filha, no Reino Unido, em 2018.