Venâncio Mondlane Retido no Aeroporto de Luanda

O político Venâncio Mondlane e os ex-Presidentes da Colômbia, Andrés Pastrana, e do Botsuana, Ian Khama, foram retidos esta quinta-feira (13) no Aeroporto 4 de Fevereiro, em Luanda, quando se preparavam para participar numa conferência internacional sobre democracia, informou a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), maior partido da oposição em Angola.


Escrita Por: Administração | Publicado: 1 day ago | Vizualizações: 1353 | Categoria: Economia


Segundo o deputado daquele partido Olívio Kilumbo, os três líderes faziam parte de uma delegação internacional convidada para o evento, organizado pela Benthrust Foundation, que terá lugar na província de Benguela, no Centro de Angola. No entanto, as autoridades aeroportuárias impediram a sua entrada no país, sem nenhuma justificação oficial. De acordo com Lázaro Kakunha, secretário-geral adjunto da UNITA, 13 dos 17 convidados estrangeiros previstos para o evento foram retidos no aeroporto, numa acção que classificou como “um entrave deliberado à livre circulação e participação democrática.” Kakunha sublinhou que alguns dos detidos, incluindo Venâncio Mondlane, são cidadãos da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e, por esse motivo, não necessitam de visto para entrar em Angola. “Não há razão legal para esta retenção, o que nos leva a crer que se trata de uma decisão política para condicionar o evento”, afirmou. Até ao momento, as autoridades angolanas não emitiram qualquer comunicado oficial sobre o caso. A retenção dos convidados internacionais surge num contexto de crescente tensão política no país, com a oposição a denunciar restrições ao espaço democrático. A conferência internacional de Benguela visa debater questões ligadas à governação e ao fortalecimento da democracia na África Austral, contando com a presença de figuras políticas e académicos de vários países. No entanto, com a retenção de líderes internacionais no aeroporto, o evento pode enfrentar constrangimentos na sua realização. A UNITA promete recorrer a mecanismos diplomáticos e internacionais para exigir explicações e garantir a participação dos seus convidados. Enquanto isso, Mondlane, Pastrana, Khama e os demais detidos continuam sem autorização para deixar o aeroporto.
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