Comerciantes ameaçam agravar preço de coco

COMERCIANTES do Mercado Fajardo, na cidade de Maputo, ameaçam aumentar o preço do coco em resposta às elevadas taxas impostas pela ocupação das bancas, que estão a comprometer a rentabilidade do negócio.


Escrita Por: Administração | Publicado: 9 hours ago | Vizualizações: 299 | Categoria: Economia


Mário José, comerciante de 35 anos, explicou que, inicialmente, as taxas cobradas eram proporcionais à quantidade do produto, mas agora o valor tornou-se fixo, prejudicando os vendedores de pequenas quantidades. “Cada vendedor paga 500 meticais por mil cocos. Contudo, os responsáveis já não contam o produto e, mesmo que o número seja inferior a mil, somos obrigados a pagar a tarifa integral”, afirmou. Alice das Dores, outra vendedora, contou que, apesar de várias tentativas de se reunir com a associação dos comerciantes para discutir a possibilidade de ajustar a taxa, as negociações foram infrutíferas. Face à situação, indicou que será necessário aumentar os preços para garantir a viabilidade do negócio. “A quantidade de cocos que vendo actualmente varia entre 200 e 300, mas mesmo assim, sou obrigada a pagar 500 meticais. Praticamente, só trabalho para cobrir as taxas. Isso é injusto”, lamentou. A presidente da associação dos vendedores, Maria Cumbane, sustentou que a tarifa é justa e explicou que os comerciantes são cobrados 50 centavos por cada coco, sendo o preço de venda deste produto entre 10 e 20 meticais por unidade. “Reconhecemos que é difícil contar o produto, por isso cobramos 500 meticais por mil cocos. Mesmo quando a quantidade excede, muitos recusam-se a pagar mais. E, se a quantidade for inferior, não vale a pena continuar no mercado”, explicou. Cumbane acrescentou que o reajuste de preços ocorre de dez em dez anos e destacou que é necessário estabelecer um diálogo entre os vendedores e os proprietários das bancas, para definir uma quantidade mínima de 1000 cocos, para evitar futuras queixas.
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