Transportadores Suspendem Actividade Após Ataque Armado

A Associação dos Transportadores de Carga da Província de Sofala (ASTROS), no centro do País, anunciou esta quinta-feira, 10 de Abril, a suspensão das suas actividades, em protesto contra a crescente insegurança na Estrada Nacional Número 1 (N1), na sequência de um ataque ocorrido na passada terça-feira, informou a Lusa.


Escrita Por: Administração | Publicado: 1 day ago | Vizualizações: 3149 | Categoria: Economia


“A partir do momento em que se deu o ataque, a nossa orientação foi clara: que os motoristas parassem, até que a segurança na via fosse restabelecida”, declarou António Chile, presidente da ASTROS, à comunicação social, durante uma cerimónia de entrega de coletes reflectores e cones de sinalização à Polícia de Trânsito da província. O ataque, que não provocou vítimas mortais, foi perpetrado por seis indivíduos armados, que interceptaram dois camiões e atearam fogo a várias viaturas. No total, sete veículos foram incendiados no distrito de Marínguè, uma região que já foi palco de confrontos armados com a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo). António Chile apelou à intervenção urgente das autoridades para repor a ordem e garantir a livre circulação de pessoas e bens. “Queremos um trânsito fluído, negócios em funcionamento e o País a crescer”, afirmou o dirigente da ASTROS. Presente na mesma ocasião, o comandante provincial da Polícia em Sofala, Ernesto Madungue, garantiu não haver motivos para alarme, assegurando que a circulação na EN1 decorre normalmente, tanto para transportadores como para os demais utentes. A partir do momento em que se deu o ataque, a nossa orientação foi clara: que os motoristas parassem, até que a segurança na via fosse restabelecida Entretanto, a Polícia da República de Moçambique (PRM) revelou que os atacantes utilizaram catanas e uma metralhadora durante a acção. Os autores do crime permanecem desconhecidos. “Está em curso uma operação intensa, com diligências em várias frentes, para garantir que os responsáveis por este acto criminoso sejam identificados e responsabilizados”, afirmou Leonel Muchina, porta-voz do Comando-Geral da PRM, em conferência de imprensa realizada em Maputo. As primeiras informações sobre o ataque, ocorrido por volta das 6h00 locais, já haviam sido avançadas na terça-feira (8) pelo próprio comandante provincial da PRM em Sofala. A zona de Marínguè foi, entre 2013 e 2015, um dos epicentros de ataques a viaturas durante os confrontos entre as Forças de Defesa e Segurança e o braço armado da Renamo. A guerrilha foi posteriormente desmobilizada no âmbito do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR).
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