Covid-19: Moçambique registou uma redução de 65% da actividade empresarial

A Confederação Moçambicana das Associações Económicas (CTA) diz que o país registou uma redução de 65% da actividade empresarial no primeiro semestre devido à pandemia


Escrita Por: Administração | Publicado: 4 years ago | Vizualizações: 85 | Categoria: Negócios


Um estudo divulgado esta quinta feira (13. 08) pela Confederação das Associações Económicas (CTA) revela que, devido aos efeitos da pandemia de Covid-19, a atividade empresarial em Moçambique reduziu em cerca de 65% e o índice de robustez empresarial em cerca de 49%. 

Segundo o presidente interino da CTA, Álvaro Massingue, o setor empresarial registou perdas de facturação no primeiro semestre do ano estimadas no correspondente a cerca de 453 milhões de dólares.  

"Considerando a evolução da pandemia e a dinâmica económica que se projeta para o segundo semestre do ano, estima-se que o volume de perdas de faturação do setor empresarial em todo o ano 2020 poderá ascender a aproximadamente 951 milhões de dólares, o que corresponde a cerca de 7% do PIB ( Produto Interno Bruto)", disse o chefe da maior associação empresarial de Moçambique. 

Suspensão de contratos 

Ainda no primeiro semestre foram suspensos 30 mil contratos de trabalho, números que podem atingir até ao final do ano os 63 mil, representando 11% da massa laboral empregue no sector privado em todo o país. 

Com vista a estimular a atividade económica, o Governo adotou no primeiro semestre um conjunto de medidas, mas Àlvaro Massingue disse que "em grande parte estas medidas não geraram o impacto que se esperava no setor". 

"Para a melhoria deste cenário, propõe-se a adoção de um novo quadro de medidas que responda efetivamente aos desafios que a pandemia impõe ao setor empresarial e à economia em geral", propôs. 

Proposta dos empresários 

A proposta da CTA inclue o alargamento da abrangência da medida referente ao adiamento dos pagamentos por conta do imposto sobre o rendimento de pessoas coletivas (IRPC), bem como da redução do custo de eletricidade, e a implementação efetiva da medida sobre a compensação dos créditos do Imposto de Valor Acrescentado (IVA). 

A CTA defende também a reabertura dos centros de atração turística e a adoção de outros incentivos específicos para o setor da hotelaria e turismo, o mais afetado pela pandemia no país, tendo atingido uma retração da sua atividade em mais de 75% só no primeiro semestre do ano. 

Aquela organização quer ver igualmente reforçadas as linhas de financiamento a atividade empresarial sublinhando que as atuais cobrem apenas 5% das necessidades totais do sector. 

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