IAM Alerta Que Castanha de Caju Contrabandeada no País é Enviada Para a África do Sul e Tanzânia

O Instituto de Amêndoas de Moçambique (IAM) manifestou a sua preocupação com o aumento do contrabando da castanha de caju no País, sublinhando que o produto adquirido ilegalmente é depois enviado para o mercado sul-africano e tanzaniano.


Escrita Por: Administração | Publicado: 21 hours ago | Vizualizações: 643 | Categoria: Economia


“A África do Sul e a Tanzânia são os destinos preferenciais para o envio da castanha de caju contrabandeada em Moçambique. Este é um factor preocupante que contribui para a redução das receitas”, afirmou a directora dos Serviços Centrais do IAM, Elisa Macome. A responsável, citada pela Rádio Moçambique, apelou à colaboração de todos com vista a travar este fenómeno. “Devemos melhorar ao nível de todos os sectores, nas fronteiras. As alfândegas são chamadas a trabalhar de forma interligada e com maior vigilância. Sai muita castanha de caju para fora.” A castanha de caju é tida como uma mercadoria promissora no mercado global. Actualmente, é considerada uma cultura importante para a economia de Moçambique, sendo uma fonte de rendimento para mais de um milhão de famílias produtoras. A província de Nampula, na região Norte, é uma das maiores produtoras e processadoras de castanha de caju no País, um sector que emprega também mais de 8 mil pessoas. Recentemente, o Instituto de Amêndoas de Moçambique afirmou que prevê exportar, no presente ano, mais de 160 mil toneladas de castanha de caju, superando a meta de 152 mil toneladas estimadas anteriormente pelo Executivo. No ano passado, Moçambique e a China assinaram um acordo que permite a exportação de novos produtos agrícolas moçambicanos sem taxas alfandegárias. Os novos produtos contemplados pelo acordo são a macadâmia, o feijão-bóer e a castanha de caju, que poderão ser exportados para o mercado chinês sem a aplicação de tarifas, reforçando as oportunidades para os produtores agrícolas moçambicanos. O acordo, com uma validade de três anos e renovação automática, foi rubricado pela embaixadora de Moçambique na China, Maria Gustavo, e pelo embaixador chinês em Moçambique, Wang Hejun. Em Agosto passado, o Banco de Moçambique (BdM) revelou que as exportações da castanha de caju registaram uma diminuição anual de 32,6% no primeiro trimestre de 2024, fixando-se em 2,1 mil milhões de meticais (34,3 milhões de dólares). De acordo com o banco central, esta queda significativa deveu-se principalmente às condições climáticas desfavoráveis, nomeadamente a ocorrência de ciclones e chuvas intensas, que afectaram as províncias de Gaza, Inhambane, Manica e Sofala durante os meses de Dezembro (2023), Janeiro, Fevereiro e Março (2024). A Índia continua a ser o principal destino das exportações da castanha de caju moçambicana, juntamente com outros produtos como o gás natural, carvão mineral e legumes de vagem secos ou em grão.
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