APESAR DA REDUÇÃO DO NÚMERO DE CASOS: Taxa de positividade continua preocupante

Em Moçambique, 20,9 por cento das amostras testadas apresentam resultado positivo para a doença, sendo o triplo da taxa reportada em Dezembro, de 7,2 por cento.

O director-geral-adjunto do Instituto Nacional de Saúde(INS), Eduardo Samo Gudo, refere que a taxa de positividade, ou seja, o número de casos positivos por amostras testadas, é persistentemente alta em quase todas as províncias do país, com excepção de Manica.

Considera, entretanto, que a redução do número de casos positivos nas últimas semanas, em parte, pode ter a ver com as medidas restritivas decretadas pelo Governo em Fevereiro.

Sobre os receios propalados em relação à toma da vacina contra a Covid-19, Samo Gudo explicou que os países que têm estado a realizarcampanhas de imunização apresentamresultados positivos, traduzindo-se na redução de infecções, internamentos e óbitos.

Esclareceu que a exigência do teste negativo de Covid-19 para trabalhadores que nalgum momento tiverem contraído o novo coronavíruis é uma violação dos protocolos estabelecidos, que determinam o número de dias para alta médica.

A análise epidemiológica do INS mostra que o país registou uma elevada variação do cumulativo de casos na última semana, sendo o segundo pior da região, depois do Botswana.

Já o número de vítimas mortais devido à Covid-19 subiu para 653 com o anúncio, ontem, de mais 12 óbitos. Trata-se de mortes que ocorreram nós últimos dias nas unidades sanitárias.

Os dados de actualização diária apresentados pela directoranacional adjunta de Saúde Pública, Benigna Matsinhe, apontam que entre domingo ontem foram internados 16 pacientes com complicações respiratórias e patologias crónicas como hipertensão arterial e diabetes.

No mesmo período, 257 indivíduos testaram positivo para o novo coronavírus, elevando o cumulativo para 59.609 casos, enquanto 317 pacientes foram considerados recuperados.

Matsinhe afirmou que, embora os resultados de combate à Covid-19 sejam animadores, principalmente devido a uma estagnação do registo de casos reportados, ainda é prematuro um sentimento triunfalista que possa convidar os moçambicanos ao relaxamento da prevenção, que é a principal arma de luta contra a doença.