Mais de 12 milhões de pessoas na Síria e no Iraque, incluindo centenas de milhares de deslocados, estão a sofrer os efeitos da seca e arriscam ficar sem água, alertaram hoje várias Organizações Não Governamentais (ONG’s).
Escrita Por: Administração | Publicado: 3 years ago | Vizualizações: 23 | Categoria: Internacional
"As altas temperaturas na região, os baixos níveis de precipitação e a seca estão a privar as pessoas de água potável e para a agricultura", indicaram 13 ONG num comunicado, citado pela agência noticiosa espanhola (EFE).
A seca, com a falta de água nas barragens, também está a afetar a produção de eletricidade, "o que tem impactos nas infraestruturas essenciais, incluindo as instalações de saúde", adiantaram, citado pela Agência Lusa.
Segundo os signatários do texto, entre os quais se encontram a Ação Contra a Fome, o Comité Norueguês para os Refugiados e a CARE Internacional, a situação afeta mais de cinco milhões de pessoas na Síria e pelo menos sete milhões no Iraque. "No total, indicaram, "cerca de 400 quilómetros quadrados de terras agrícolas estão em risco de seca total".
Sabe-se que no norte da Síria, "duas barragens que fornecem eletricidade a três milhões de pessoas foram encerradas", enquanto várias comunidades em Alepo, Raqa e Deir Ezzor, incluindo alguns campos de refugiados, registaram um aumento de surtos de doenças transmissíveis.
No Iraque, a falta de água afetou a agricultura, a indústria pesqueira, a produção de eletriidade e a distribuição para consumo doméstico. "A situação exige que as autoridades da região e os doadores atuem rapidamente para salvar vidas devido a esta crise, que se junta aos conflitos, à pandemia da covid-19 e à da economia", salientou a diretora da CARE para o Médio Oriente e Norte de África, Nirvana Shawky, citado pela nossa fonte.
As ONG’s recordam que, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a Síria sofre a pior seca em sete décadas e o Iraque a segunda estação com menos chuva em 40 anos.