População do País Poderá Duplicar Nos Próximos 30 Anos”, Alerta ONU

Segundo o órgão, a conclusão consta no relatório “Estado da População Mundial 2025 – A verdadeira crise da fertilidade: A busca pela autonomia reprodutiva num mundo em mudança”, apresentado na segunda-feira, 7 de Julho, em Maputo, pelo Fundo da População das Nações Unidas (UNFPA). O responsável do projecto do organismo, Eládio Muianga, afirmou, na ocasião, que devem ser consideradas medidas para controlar a taxa de fertilidade, que, embora tenha caído de 6,3% para 4,9%, “continua a ser alta”. Entretanto, o responsável argumentou que a definição de políticas coercivas de fertilidade, orientadas para objectivos específicos, não é eficaz para alcançar a transição demográfica – o processo de mudança de altas taxas de natalidade e mortalidade para taxas baixas à medida que o País se desenvolve -, e pode ser prejudicial para a sociedade. O relatório do UNFPA defende que a “crise global da fertilidade” não se refere ao número de filhos que nascem, mas sim à falta de autonomia dos indivíduos para tomar as suas próprias decisões reprodutivas. A sugestão é que “criar uma sociedade mais justa e sustentável, onde as pessoas tenham os recursos e o apoio necessários para tomar decisões informadas sobre o tamanho da sua família, é a chave para resolver esta questão.” Outras Notícias Para Ler Porsche Apresenta Três Novas Variantes do 911 Com Tracção Integral INAMAR Lança Formação Para Combater a “Pesca Ilegal e Promover a Sustentabilidade no Sector Marítimo” África do Sul Perde 1,6 MM$ Por Ano Com Venda de Cigarros Ilícitos, Revela Estudo Cabo Verde: Banca Nacional Atingiu Lucro-Recorde Com Depósitos a Crescerem 7% em 2024 Eládio Muianga sublinhou ainda que “a defesa de abordagens baseadas em direitos, no que diz respeito ao acesso a cuidados de saúde, educação e a emprego digno, garantindo a igualdade de género, bem como sistemas de protecção, pode ser um factor importante para alcançar a desejada transição demográfica.” O relatório foi claro ao afirmar que as políticas devem garantir aos cidadãos as condições para tomar decisões informadas e autónomas sobre a reprodução, sem que isso se torne um peso ou um obstáculo para o desenvolvimento da sociedade.