Taxas de portagens na “Circular” visam manutenção da estrada

O presidente do Conselho de Administração (PCA) da REVIMO, Ângelo Lichanga explica, em entrevista ao “Notícias”, que para o efeito, foram instaladas quatro praças, nomeadamente na Matola-Gare, Cumbeza, Zintava e Chiango.

A Rede Viária de Moçambique (REVIMO), empresa a quem foi concessionada pelo Governo, por um período de 20 anos, a operação da via, acredita que a entrada em funcionamento e, consequentemente, o início de pagamento das portagens vai garantir a captação de renda para a manutenção da estrada dando-a maior longevidade.

A REVIMO considera que isto vai trazer vantagens na mobilidade dos utentes, pois estes vão circular numa estrada com manutenção contínua o que se traduz na redução dos custos de manutenção das suas viaturas, nos gastos com o combustível e no tempo para fazer o trajecto para o centro da cidade de Maputo.

Ângelo Lichanga falou do processo que desencadeou a construção da “circular” com portagens e a decisão sobre a fixação dos preços a serem praticados pela passagem por elas.

A Estrada Circular de Maputo ainda é nova e há necessidade de se fazer provisões financeiras para a sua manutenção periódica (8 anos) e reabilitação (15 anos). Daí que surge a necessidade da comparticipação dos utentes, através do princípio de pagador – utilizador, que surge como solução para o crónico problema de rodovias em péssimas condições no país.

A REVIMO foi informada da suspensão da entrada em funcionamento amanhã, do início do pagamento da portagem, mas o seu PCA tranquiliza, afirmando que em tempo certo a sua empresa se posicionará.

Confira a entrevista na página 2 da presente edição. 

Última hora

A REDE Viária de Moçambique (REVIMO) tomou conhecimento da suspensão, pelo Tribunal Administrativo (TA), da entrada em funcionamento, a partir de amanhã, das quatro praças de portagem ao longo da Estrada Circular de Maputo.

Entretanto, confrontado com este este facto, o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da REVIMO, Ângelo Lichanga, disse, num contacto telefónico, com o “Notícias” não ter nenhum pronunciamento sobre o assunto, uma vez que a providência cautelar submetida por certas organizações da sociedade civil só foi anunciada na tarde de sexta-feira.

No entanto, Lichanga afirmou que a sua instituição vai se pronunciar ainda hoje sobre a matéria, depois de concertar posições.