AS famílias que perderam as suas casas na sequência do deslizamento da lixeira de Hulene, na cidade de Maputo
Escrita Por: Administração | Publicado: 3 years ago | Vizualizações: 94 | Categoria: Ambiente
ocorrido há três anos, e que ceifou a vida de 16 pessoas, estão preocupadas com a morosidade na construção das casas para o reassentamento, em Possulane, distrito de Marracuene. Segundo o chefe da comissão dos afectados pelo desastre, António Massingue, há mais de cinco meses que as obras estão abandonadas. Por outro lado, os afectados não recebem regularmente, os valores para o arrendamento das casas, o que os coloca em constante ameaça de despejo. “As autoridades prometeram-nos residências em um ano e já passam-se três, tempo suficiente para nos entregar as infra-estruturas, o que nos leva a crer que fomos esquecidos. Mas nós precisamos das casas com urgência”, referiu Massingue. Apontou que há falta de comunicação entre as vítimas e a actual edilidade de Maputo, bem como com o Ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, o que levou a comissão dos afectados pelo desabamento da lixeira de Hulene a convocar uma conferência de imprensa, hoje para expor a situação. “Gostaríamos que o chefe de Estado se sensibilizasse com o nosso sofrimento, pois estamos num longo período de espera. Há entre as vítimas idosos que não trabalham e por isso, acabaram despejados das casas arrendadas”, apelou. Em Possulane, estão a ser erguidas 60 casas, de um total de 260 necessárias para acolher as famílias desalojadas pelo desabamento da lixeira. “Pensamos que o Governo devia construir o número de residências que corresponde a todos afectados para que não haja exclusão”, comentou. De referir que várias vezes os afectados juntaram-se defronte do edifício do Conselho Municipal para exigir o pagamento da renda das casas em que se encontram.
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