A morte de José Eduardo dos Santos na imprensa internacional

A morte do ex-Presidente da República, José Eduardo dos Santos, ocorrida na sexta-feira, em Espanha, Barcelona, foi destaque na imprensa estrangeira, descrevendo-o como “o homem que liderou Angola durante 38 anos e deixa o legado de um país em paz".


Escrita Por: Administração | Publicado: 2 years ago | Vizualizações: 24 | Categoria: Politica


Em portugal, o Diário de Notícias destacou a figura de José Eduardo dos Santos como "o homem que pacificou Angola e manteve o MPLA no poder. O legado que deixa é de um país em paz".

Todas as narrativas de vida enaltecem o percurso do militante do MPLA, a que se juntou com apenas 16 anos, em 1958, logo nos primórdios do partido fundado por Agostinho Neto e Viriato Clemente da Cruz. Por essa altura, nos tempos do Liceu Salvador Correia, o jovem activista do MPLA já frequentava os corredores clandestinos que se opunham ao regime. Em 1961, aderiu à eclosão da luta contra a colonização portuguesa e nesse mesmo ano foi um dos fundadores da Juventude do MPLA, que passou a coordenar desde o exílio na República do Congo (RDC).

Também a agência espanhola EFE noticiou o falecimento do ex-Chefe de Estado: "Morre em Barcelona o histórico ex-presidente angolano José Eduardo dos Santos".

A France 24 considerou-o como "o homem forte angolano frequentemente se descreveu como um Presidente acidental, tomando as rédeas depois que o primeiro líder de Angola, Agostinho Neto, morreu durante uma cirurgia de câncer em 1979".

O diário espanhol El País descreveu José Eduardo dos Santos como "um dos governantes mais antigos da África. Ingressou MPLA, quando Angola ainda era uma colónia portuguesa. Tornou-se confidente do primeiro Presidente de Angola independente, Agostinho Neto, falecido em 1979, quatro anos após a proclamação da Independência.

"Dos Santos pegou o cetro e instalou-se no poder. A partir daí dirigiu a evolução do seu país, tão ligado à sua pessoa. Liderou o Exército durante a guerra civil, num dos conflitos mais sangrentos e prolongados do continente africano (1975-2002)", acrescentou o jornal.

Em França, o Le Monde recorda que "no seu último discurso, proferido a 8 de Setembro de 2018, o ex-Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, disse ter assumido os erros do passado, sem contudo especificar quais. Um ano depois de deixar o poder após as eleições, o septuagenário, enfraquecido pela doença, cedeu a presidência do MPLA".

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