Moçambique Redescobre (no Café) os Grãos do Desenvolvimento

Aadesão de Moçambique à Organização Mundial do Café (OIC), em Junho, animou os produtores nacionais. Ganhou visibilidade a promessa de mais uma commodity na matriz de culturas de rendimento.


Escrita Por: Administração | Publicado: 1 year ago | Vizualizações: 9048 | Categoria: Desenvolvimento


O café já é uma importante fonte de divisas noutros países. Moçambique é o 78.º membro de um mercado mundial de 126 mil milhões de dólares que não pára de crescer. Como está a produção nacional de café? Qual é a capacidade para evoluir e competir no panorama global? Muitas pesquisas classificam o café entre as dez matérias-primas (commodities) mais negociadas no mundo, numa matriz que inclui o petróleo, gás natural, ouro, açúcar, entre outras. Um destes estudos foi publicado a 23 de Agosto pela Admirals Markets – uma plataforma de negociação de contratos e transacções de divisas, câmbios e matérias-primas em vários mercados financeiros, sediada em Tallinn, na Estónia. a d v e r t i s e m e n t E não é para menos: a estimativa é de 2,25 mil milhões de chávenas consumidas por dia, em todo o mundo. É para este valioso mercado, alimentado por pouco mais de 50 países produtores, que Moçambique caminha, depois de se tornar membro efectivo da Organização Mundial do Café (OIC), organismo que existe há 60 anos. Quais as vantagens? O ministro da Agricultura, Celso Correia, esteve presente na assinatura do acordo de adesão, em Junho, em Londres, e afirmou que a entrada de Moçambique abre oportunidades para que os produtores nacionais de café comecem a pensar no desenvolvimento dos seus negócios e a elevar os níveis de exportação. “O café do Ibo é considerado o mais antigo do País: estima-se que tenha sido introduzido por comerciantes árabes, no século XI, continuando a ser cultivado, até hoje, de maneira tradicional” A E&M foi ouvir os produtores. Tal como o ministro, estes confirmam que a OIC é uma oportunidade de viragem para o pequeno (e, até aqui, anónimo) mercado moçambicano de café. “Estar na OIC abre boas perspectivas, no sentido de que nós conseguimos ter acesso aos outros países produtores e ao conhecimento que, em Moçambique, é praticamente zero”, considera Francisco Madlate, fundador da Agrotur, empresa produtora de café em Chimanimani, na província de Manica. Genaro Lopez, produtor que investe na província de Manica com as marcas Café Vumba e Café de Manica, afirma que, antes da adesão, Moçambique nem sequer era conhecido entre os produtores mundiais. Mas, após poucos meses como membro da OIC, já começa a despertar a atenção do mercado global, o que cria boas perspectivas de aumento das exportações. Mas, com as oportunidades, surgem também responsabilidades. Para Pedro Muagura, administrador do Parque Nacional da Gorongosa (PNG) – área protegida onde se desenvolve um dos mais importantes projectos de produção de café do País –, usufruir das vantagens da adesão à OIC impõe muitos desafios, entre os quais, “melhorar a capacidade técnica de produção, o que passa por melhorar a formação para aumentar a nossa competitividade”. Este marco histórico serve de pretexto à E&M para mergulhar num mercado até aqui pouco conhecido e compreender o que está a ser feito, por quem, como e onde. Tentámos perceber o que ganha o País e o que fazer para consolidar a produção e passar a integrar a lista dos poucos países no mundo que arrecadam milhares de milhões de dólares em receitas do café. O mercado moçambicano produtor de café Há muitos artigos escritos e histórias que se contam sobre o café de Moçambique. Comecemos pelo potencial que, afinal, já era reconhecido em tempos. Pedro Muagura, administrador do PNG, explica que o País sempre teve possibilidade de se afirmar no mercado do café, mas a administração colonial portuguesa proibiu o cultivo, como forma de evitar que a colónia pudesse concorrer com outros territórios ultramarinos. “Entre as colónias de Portugal, Moçambique era obrigado a produzir chá, algodão, sisal, cana-de-açúcar, girassol, entre outros, mas nunca café. Em Angola, pelo contrário, era proibido produzir chá e havia o privilégio de produzir café. E é isso que justifica a tradição e os grandes projectos de produção de café naquele país”, esclareceu. Talvez por isso o mercado produtor continue desorganizado, também em termos de estatísticas. Francisco Mandlate, presidente da Agrotur, empresa produtora com a marca Café Chimanimani, refere que os números geralmente apresentados não são fiáveis. “Há quem fale de 150 toneladas por ano, mas é mentira! Não temos essas quantidades em Moçambique. No máximo, podemos estar a tirar 25 toneladas de café. A quantidade é ainda muito baixa. Além disso, há números que apontam que Moçambique importa 500 toneladas de café por ano. Também duvido que esse número seja fiável. Se for, temos condições de poder cobrir as necessidades internas em poucos anos, uma vez que se assiste a um grande movimento de plantio de café nos últimos tempos”, aponta o investidor. Sugere, por isso, que se comece a produzir estatísticas mais realistas para melhorar a previsibilidade, a planificação e a elaboração de uma estratégia nacional que promova a competitividade do sector. “A grande particularidade da cultura do café é a de congregar as três vertentes da sustentabilidade: ambiental, social e económica. Todos os projectos relatam práticas dignas de destaque” O País tem condições agro-ecológicas favoráveis à produção em grande escala, com destaque para os chamados cafés especiais. As regiões que oferecem melhores condições e onde se situam os mais importantes projectos de café estão nas províncias do centro e norte. Incluem o planalto de Lichinga (Lichinga, Muembe, Chimbunila) e o norte do distrito do Lago, no Niassa; Sussundenga, Mossurize e Bárue, em Manica; Tsangano, Angónia e Macanga, em Tete; Guruè, Milange e Alto Molócue, na Zambézia; e a Serra da Gorongosa, em Sofala, entre outros locais. São áreas que podem produzir cafés especiais como o Arábica. A variante dominante é o café racemosa, uma espécie nativa que se desenvolve no arquipélago das Quirimbas e que já foi produzida principalmente nas províncias do sul do País. A estratégia do Café da Gorongosa O Parque Nacional da Gorongosa (PNG) é a principal fonte de todo o café moçambicano. É cultivado numa zona de protecção de 300 hectares. Pedro Muagura, administrador do Parque, fez parte da equipa envolvida na fase experimental do cultivo de café, em 2011. Nessa altura, ainda não havia provas da capacidade, em termos de quantidade e qualidade, para colocar o café moçambicano no mercado internacional. A produção comercial do café da Gorongosa começou em 2013. De acordo com o administrador do PNG, a partir dessa altura, o número de produtores começou a crescer até atingir cerca de 900 famílias que residem na serra da Gorongosa. As mudas de café começaram a ser distribuídas como rendimento alternativo para travar o abate de floresta para produção de carvão – principal combustível diário, desde logo para confeccionar alimentos. A planta do café só sobrevive e dá rendimento se estiver abrigada debaixo de árvores bem cuidadas. É a administração do Parque que garante o apoio às comunidades no fomento à produção, com o fornecimento de matérias-primas e recursos como sementes, plantas, viveiros, além de assistência técnica. Mais importante ainda, a administração do Parque apoia a comercialização, comprando toda a produção junto das comunidades, que depois vende a supermercados e outros clientes do mercado interno e exporta. A exportação tem como destinos os Estados Unidos, Inglaterra, Portugal, entre outros. “A qualidade do café da Gorongosa é apreciada mundialmente. É uma das marcas mais solicitadas pelos turistas nos restaurantes em Sofala e em Maputo”, afiança Muagura. “Além do Reino Unido, registámos pedidos para a Alemanha, Áustria e Portugal. E ainda vamos mandar 50 quilos para o Japão.” – Francisco Mandlate, Café Chimanimani O regime de produção é familiar e coexiste com outras culturas, principalmente frutas e cereais. Não faz parte da estratégia da administração do PNG assegurar plantações de café como monocultura, no sentido de garantir que as comunidades continuem a produzir as culturas tradicionais de auto-sustento. Sem revelar a receita média arrecadada por cada uma das 900 famílias produtoras, Pedro Muagura assegura que o café é o principal responsável pela melhoria da qualidade de vida das comunidades. Para o comprar, e enquanto instituição do Estado, o PNG criou uma empresa designada Produtos Naturais da Gorongosa, que faz também a gestão empresarial desta commodity e de outros produtos, incluindo o mel, em toda a cadeia, desde a produção, maneio, até à comercialização. O ancestral café do Ibo O café do Ibo, no arquipélago das Quirimbas, Cabo Delgado, é considerado o mais antigo do País. Estima-se que tenha sido introduzido por comerciantes árabes, no século XI, continuando a ser cultivado, até hoje, de maneira tradicional. Conta com mais de 30 mil plantas numa área de 33 hectares. O produto é processado e empacotado localmente na fábrica da Associação de Produtores do Café do Ibo. Espera-se que, este ano, venha a produzir quatro toneladas, um nível bastante baixo para o potencial existente e face à secular tradição que a ilha do Ibo carrega. Em 2019, o então ministro da Agricultura e Segurança Alimentar, Higino Marrule, e o representante da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) em Moçambique, Jaime Comiche, assinaram um memorando de entendimento para operacionalizar o projecto de expansão da produção, num valor de quatro milhões de euros, desembolsados pela embaixada da Itália. “A produção global de café na temporada agrícola que vai de Outubro de 2023 a Setembro do próximo ano poderá aumentar em 4,3 milhões de sacas de 60 quilos em comparação com 2022/23” Mas a ilha do Ibo e toda a região de Cabo Delgado têm passado por momentos de grande desestabilização, desde 2017, devido a uma insurgência armada local a que se associou, nos últimos anos, a propaganda do grupo extremista Estado Islâmico. A ilha tem sido um dos locais de refúgio no meio de uma grave crise humanitária que tem deixado muitos investimentos – especialmente na área de gás natural – a aguardar por melhores dias. Chimanimani, um caso de sucesso A par do Café Niassa e do Café Manica, entre outras marcas produzidas em pequena escala pelo País, está no mercado o Café Chimanimani, da empresa Agrotur. O fundador, o jornalista Francisco Madlate, ganhou inspiração em 2019, durante um trabalho jornalístico de acompanhamento dos primeiros cinco anos de mandato do Presidente Filipe Nyusi. “Nesta minha deslocação a diferentes partes do País, dei-me conta de que os maiores investidores no sector da agricultura eram estrangeiros. Os moçambicanos só têm pequenos projectos. Não investem em grande escala. Depois, notei que o fomento agrícola não está a trazer o desenvolvimento rural como se pretende”. Francisco Madlate diz ter observado que, geralmente, quem fomenta a produção é quem dá crédito ao produtor, marca o preço das matérias-primas, marca o preço de compra e, desse preço, desconta o valor das provisões. Tudo isto faz com que os produtores, apesar do esforço, tenham rendimentos baixos e um ciclo de dívida interminável. “Então, decidi que devia, ao invés de escrever artigos de opinião e reportagens, implementar um projecto” que representasse “uma nova abordagem ao fomento e desenvolvimento local”, mostrando aos empresários moçambicanos “que é possível investir com sucesso na agricultura”. Mandlate identificou o café como a cultura em que devia apostar, tendo aplicado fundos próprios para desenvolver o projecto, que arrancou em 2020. O Café Chimanimani emprega 385 produtores, que trabalham em 95 hectares, sendo 40 da área da empresa e 55 pertencentes a famílias. A aposta no café especial e a conquista de mercados Mandlate refere que um dos factores de sucesso do Café Chimanimani é a aposta na produção de uma linha de café especial, de qualidade reconhecida mundialmente. O segredo começa nas duas modalidades de processamento: uma consiste em colocar a fruta do café a secar; outra inclui lavar e tirar a semente antes de secar. As duas tiveram acima de 80 pontos em avaliações externas de qualidade, numa escala de zero a 100. “Isso coloca-nos na categoria de cafés especiais e dá-nos o direito de fixarmos o preço. Como tal, colocamos o nosso produto ao melhor preço possível no mercado”, explicou. O facto atraiu muitas entidades que passaram a solicitar esta marca nacional. “Assinámos um acordo com uma empresa distribuidora de cafés em Londres, em Junho, para exportarmos para o Reino Unido. Esta empresa distribui também pela Europa, trabalhando com cafés de várias origens como do Ruanda, Burundi, Uganda e Quénia”. “Estamos já a preparar uma tonelada de café para exportação. Mas também já temos pedidos para outros mercados. Registámos um pedido para a Alemanha, outro para a Áustria e também para Portugal. E ainda vamos mandar 50 quilos para o Japão. Um amigo japonês levou o café para lá, promoveu uma sessão de prova e eles gostaram”, revelou o investidor. Café e protecção ambiental Uma das grandes particularidades da cultura do café é congregar as três vertentes da sustentabilidade: ambiental, social e económica. Olhando particularmente para a componente ambiental, todos os projectos relatam práticas dignas de destaque. Na Gorongosa, por exemplo, a produção permite a conservação da floresta húmida, já que a planta cresce debaixo das árvores, onde há condições ideais de cultivo. Foi a pensar no mesmo tipo de impacto que, no ano passado, a Fundação para Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) – através do Projecto de Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Comunitário (CBDC) – e o Café Manica assinaram um protocolo de parceria para a criação de um mecanismo de canalização de fundos para o desenvolvimento do Parque Nacional de Chimanimani. Com duração de cinco anos, o protocolo prevê que a empresa distribua 2% das receitas para apoio às boas práticas ambientais e sociais, bem como para divulgação da importância da biodiversidade do Parque. Este protocolo não é caso único. O projecto da Agrotur também está envolvido na recuperação florestal do Parque Nacional de Chimanimani. O apoio da União Europeia Em Angola, a União Europeia (UE) financiou com 8,8 milhões de euros o desenvolvimento da cultura do café, numa plantação que cobre 35 mil hectares. Em Moçambique, onde a UE é um dos mais importantes parceiros de apoio ao desenvolvimento, com foco em sectores que incluem o agro-negócio, também há perspectivas de que tal venha a acontecer. À E&M, o embaixador da UE em Moçambique, Antonino Maggiore, revelou que o bloco europeu “já tem programas que apoiam o desenvolvimento de empresas moçambicanas e parte dessas empresas estão a produzir café e estão já a produzir café e a exportar para a Europa”. “Dentro das prioridades da UE, no quadro do agro-negócio, as empresas de café estão integradas num conjunto específico do ramo alimentar, nomeadamente as que produzem fruta seca e similares”. Ainda de acordo com Antonino Maggiore, é um apoio que visa fortalecer a capacidade de produção e a mentoria para a exportação. Por seu turno, o presidente da Câmara de Comércio de Moçambique, Álvaro Massingue, disse à E&M que a adesão de Moçambique à OIC é uma oportunidade para revisitar velhas preocupações e procurar novos apoios, nomeadamente para facilitar o acesso aos mercados internacionais. “Sabemos que temos potencialidades em produtos que a UE aprecia bastante, mas, porque nos faltam alguns requisitos, temos dificuldade em aceder aos mercados. Como grande particularidade, temos o facto de a maior parte dos nossos produtos serem orgânicos, os mais procurados no mercado internacional. Mas ainda nos falta a certificação e a embalagem. Por isso, apelamos ao apoio de parceiros bilaterais, como a UE, nesse sentido”, especificou o responsável. Boas perspectivas do mercado global A produção global de café na temporada agrícola que vai de Outubro de 2023 a Setembro do próximo ano poderá acrescentar 4,3 milhões de sacas (unidade de medida da matéria-prima, em sacas de 60 quilos) ao resultado de 2022/23, que se cifrou em 174,3 milhões de sacas. No mercado global, o aumento da produção no Brasil e no Vietname deve compensar a queda que se espera na Indonésia, segundo o relatório mais recente do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O documento refere, igualmente, que o consumo global de café está também a aumentar consideravelmente, podendo registar um recorde de 170,2 milhões de sacas em 2023/24, acima dos 168,2 milhões na época anterior. Segundo o USDA, a produção do Brasil, maior produtor mundial, aumentará em 3,8 milhões de sacas em 2023/24, enquanto o Vietname produzirá 1,6 milhão de sacas a mais. Enquanto isso, a Indonésia deve produzir 2,2 milhões de sacas a menos. Considerando os dois principais tipos de café, o USDA espera maior produção do tipo Arábica, mais suave, e menor produção do café Robusta, mais forte. A produção global de café Arábica em 2023/2024 deverá ascender a 96,3 milhões de sacas, em comparação com 90,1 milhões em 2022/23. Já a produção de café Robusta deverá cair para 78 milhões de sacas em 2023/24, de 79,9 milhões em 2022/23. “O consumo global de café também está a aumentar consideravelmente, podendo registar um recorde de 170,2 milhões de sacas em 2023/24, acima dos 168,2 milhões em 2022/23” O USDA também prevê um aumento nas importações das duas principais regiões que mais consomem café – a União Europeia e os Estados Unidos. Preços devem cair As boas notícias sobre a oferta abundante contribuíram, em grande medida, para a queda dos preços futuros do café em ambos os mercados. No final da primeira sessão da avaliação dos preços internacionais, a 14 de Agosto, estes haviam caído acentuadamente nas bolsas europeias e americana. Os preços do café Robusta no ICE Futures Europe London (agência que faz a negociação de contratos futuros e de opções sobre cacau, café Robusta, açúcar branco e trigo), para entrega a 8 de Setembro, diminuíram nove dólares e o produto passou a ser negociado a 2023 dólares por tonelada. No prazo de entrega de Novembro, o valor diminuiu 52 dólares para 2620 dólares por tonelada. Prevê-se que as preocupações com a recessão económica global arrastem o mercado de matérias-primas, incluindo o mercado do café. “Apesar do seu menor peso no mercado, é inegável que o sector global de cafés especiais está a crescer. Em termos de números, a taxa de crescimento é mais rápida até do que o incremento no café de qualidade” Além disso, a inflação nos Estados Unidos da América tende a diminuir, a economia da China cai em deflação e a economia da Zona Euro ainda está incerta, porque os preços do petróleo bruto continuam elevados, após os cortes de produção da OPEP+ e face à persistência do conflito entre a Rússia e Ucrânia. O futuro A Organização Internacional do Café previu que, até ao ano passado, o consumo global aumentaria 3,3%, para 170,3 milhões de sacas de 60 kg – indicando que o mercado global de café certamente está a crescer. Recentemente, a organização reduziu a sua previsão de crescimento do consumo para 1% a 2% até 2030 – o que, no entanto, ainda representa um crescimento constante. O Brainy Insights, uma empresa de pesquisa de mercado que fornece soluções através da análise de dados para as empresas melhorarem a sua visão de negócios, estima que o valor do sector global de cafés especiais deve chegar a 152,69 mil milhões de dólares até 2030, representando uma taxa de crescimento de 12,32% ao ano. Texto Celso Chambisso • Fotografia Mariano Silva & Istock Photo Fonte: https://www.diarioeconomico.co.mz/2023/10/20/economia/desenvolvimento/mocambique-redescobre-os-graos-do-desenvolvimento/
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