Venda da LAM, Financiamento Dos EUA Para Projecto de GNL e Novo Plano de Gestão Fiscal

Em linhas gerais, o Governo fez saber que vai alienar 91% das acções do Estado na LAM através de negociação particular, autorizando as empresas públicas EMOSE (Empresa Moçambicana de Seguros), CFM (Caminhos-de-Ferro de Moçambique) e HCB (Hidroeléctrica de Cahora Bassa) a adquirirem a participação estatal na companhia aérea.a d v e r t i s e m e n t Durante uma sessão do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa afirmou que o valor estimado a ser arrecadado com a venda das acções do Estado é de cerca de 130 milhões de dólares (8,3 mil milhões de meticais) e terá como destino a aquisição de oito novas aeronaves e a reestruturação da empresa. No passado, numa tentativa de salvar “a companhia de bandeira”, o antigo Governo anunciou uma parceria entre a LAM e a Fly Modern Ark (FMA), que surgiu num momento de grande dificuldade para a transportadora, que enfrentava uma série de problemas operacionais. As dificuldades estavam associadas a uma frota limitada e a uma carência de investimentos, factores que contribuíram para alguns incidentes operacionais, embora sem vítimas. Entretanto, durante a sua gestão, a Fly Modern Ark identificou esquemas de desvio de dinheiro nas operações da LAM, que resultaram em prejuízos de 222 milhões de meticais, facilitados por terminais de pagamento automático (TPA/POS) não controlados pela empresa, mas que foram utilizados em lojas de venda de bilhetes. Estas denúncias levaram o Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) de Moçambique a abrir uma investigação, que ainda está em curso, visando apurar responsabilidades nas fraudes e avaliar a gestão da frota da companhia. Num outro desenvolvimento, o País recebeu uma “mensagem de esperança” sobre a concretização de um dos projectos de GNL mais importantes de África, liderado pela francesa TotalEnergies, na bacia do Rovuma, província de Cabo Delgado, na região Norte de Moçambique.