Syrah Resources Quer Retomar Produção na Mina de Balama no Primeiro Trimestre Deste Ano

O CEO da empresa mineira australiana Syrah Resources, Shaun Verner, revelou que a companhia espera retomar a produção no seu projecto de grafite de Balama, em Cabo Delgado, Norte do País, durante o primeiro trimestre deste ano, informou o Mining.Com nesta quarta-feira (5).


Escrita Por: Administração | Publicado: 4 hours ago | Vizualizações: 186 | Categoria: Economia


Falando à margem do Africa Mining Indaba 2025, evento dedicado a promover a capitalização e o desenvolvimento bem-sucedidos de interesses mineiros em África, que decorre desde segunda-feira (3), o responsável referiu que esta decisão acabará por permitir o fim da declaração de “força maior”, anunciada em Dezembro do ano passado. Verner recordou que a “força maior” foi declarada devido às perturbações causadas pelos protestos, exacerbados pela agitação civil que se seguiu aos resultados das eleições de Outubro, que também levaram a empresa a não pagar os seus empréstimos garantidos pelos Estados Unidos da América (EUA). “A estabilidade no País está a melhorar significativamente. As últimas duas ou três semanas foram certamente muito melhores do que o período anterior”, comentou. “Estamos a trabalhar para resolver o conflito que temos no local, de modo a voltar a produzir durante este trimestre”, acrescentou. Em Janeiro deste ano, a empresa mineira fez saber que obteve uma renúncia a eventos de incumprimento relacionados com o seu empréstimo de 150 milhões de dólares da Corporação Internacional de Financiamento do Desenvolvimento dos Estados Unidos (DFC). A medida dá à empresa um alívio das interrupções operacionais na sua mina de grafite, causadas pelos protestos em curso no País. Em 2024, a Syrah Resources anunciou que contabilizou, no primeiro semestre, prejuízos avaliados em 67,1 milhões de dólares australianos (44,7 milhões de dólares americanos). Segundo a entidade, as receitas caíram 33% para 19 milhões de dólares australianos (12,6 milhões de dólares americanos), sendo que a situação se deveu à redução da produção e das vendas de grafite tendo em conta o excesso de oferta na China. “A grafite é um material à base de carbono usado em baterias e é um componente vital em veículos eléctricos. A China é responsável por mais de 70% do suprimento global de grafite natural, extraído e de variedade sintética, feito de coque de petróleo ou alcatrão de hulha”, esclareceu a empresa.
Partilhar
Comentarios
Publicidade
Publicidade