Economistas Apontam Que “Crimes Violentos” Afectam o Ambiente de Negócios
Os economistas moçambicanos apelaram a uma investigação célere e credível do duplo homicídio dos dois apoiantes do candidato presidencial Venâncio Mondlane, realçando que os “crimes violentos que assolam” o País afectam também o ambiente de negócios.
Escrita Por: Administração |
Publicado: 4 weeks ago |
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Categoria: Economia
“O assassinato destas duas figuras políticas vem engrossar a extensa lista de crimes violentos que assolam o nosso país, com especial enfoque para os raptos, facto que põe em causa os esforços das acções visando a melhoria do ambiente de negócios”, avançou um comunicado da Associação Moçambicana de Economistas (Amecon).
A entidade exortou a polícia e as instituições da justiça “para uma investigação célere, imparcial e credível, visando o rápido esclarecimento destes assassinatos”, mas, ao mesmo tempo, pediu “calma e serenidade” aos moçambicanos.
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“Tanto Elvino Dias quanto Paulo Guambe contribuíram significativamente para o desenvolvimento do País, cada um na sua área de actuação, com um compromisso inabalável com a justiça, o bem comum e o progresso de Moçambique”, concluiu a posição da Amecon.
a d v e r t i s e m e n t
A polícia moçambicana confirmou no sábado (19) que a viatura em que seguiam Elvino Dias, advogado do candidato presidencial Venâncio Mondlane, e Paulo Guambe, mandatário do Podemos, partido que o apoia, mortos a tiro, foi “emboscada” e um terceiro ocupante ferido.
“O assassinato destas duas figuras políticas vem engrossar a extensa lista de crimes violentos que assolam o nosso país, com especial enfoque para os raptos, facto que põe em causa os esforços das acções visando a melhoria do ambiente de negócios”
O crime aconteceu cerca das 23h20 locais, na Avenida Joaquim Chissano, centro da capital e, segundo a polícia, outro ocupante, uma mulher que seguia nos bancos traseiros da viatura, foi igualmente atingida a tiro, tendo sido transportada para o Hospital Central de Maputo.
O advogado Elvino Dias, conhecido defensor de casos de direitos humanos em Moçambique, era assessor jurídico de Venâncio Mondlane e da Coligação Aliança Democrática (CAD), formação política que apoiou inicialmente aquele candidato a Presidente da República de Moçambique, até à sua inscrição para as eleições gerais de 9 de Outubro ter sido rejeitada pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).
Venâncio Mondlane garantiu que após o anúncio dos resultados das eleições gerais vai recorrer ao Conselho Constitucional, com as actas e editais originais da votação. Em protesto contra os resultados do apuramento intermédio, Mondlane apelou para uma greve geral a partir da segunda-feira, 21 de Outubro.
a d v e r t i s e m e n t
O Governo português, a União Europeia e as representações diplomáticas em Maputo dos Estados Unidos da América, Canadá, Noruega, Suíça e do Reino Unido condenaram estas acções e apelaram a uma investigação cabal e rápida.