A norte-americana Coursera quer dispersar o capital em bolsa. Conhecida pelos seus cursos online, a empresa de tecnológica educacional deu esta sexta-feira entrada com um pedido de listagem ao regulador do mercado dos Estados Unidos (EUA). A dar ímpeto à entrada em Wall Street está o aumento da faturação da Coursera devido aos confinamentos, que levaram mais pessoas a aderir aos cursos e formações online um pouco por todo o mundo. A pandemia teve um efeito na Coursera semelhante – ainda que, naturalmente, em menor escala ao da plataforma a de videoconferências Zoom: as receitas dispararam 59% para 293,5 milhões de dólares (cerca de 246,3 milhões de euros) no ano terminado a 31 de dezembro de 2020). Morgan Stanley, Goldman Sachs e Citigroup estão entre os subscritores da oferta pública inicial (IPO – Initial Public Offering) da empresa com sede em Mountain View, segundo a informação que consta no documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC – Securities and Exchange Commission). A Coursera, que arrecadou 130 milhões de dólares (perto de 109 milhões de euros) numa ronda de financiamento no verão passado, tem uma plataforma utilizada por mais de 3.700 universidades e utiliza tecnologias como machine learning, cloud computing e language learning. Fundada em 2012, a empresa terá agora beneficiado também das necessidades cada vez maiores de requalificação dos trabalhadores.

A entidade liderada por António Ramalho confirmou a venda da carteira por 216,3 milhões de euros em ativos ao fundo Davidson Kempner, que desta forma vão provocar um impacto “marginalmente positivo” nas contas.


Escrita Por: Administração | Publicado: 3 years ago | Vizualizações: 8 | Categoria: Empresas


O Novo Banco (NB) confirmou a venda do portefólio de malparado denominado por “Projeto Wilkinson”, no valor de 216,3 milhões de euros em ativos ao fundo Davidson Kempner, informou a entidade bancária em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) este sábado, 6 de março.

“A concretização da operação, nos termos acordados, deverá ter um impacto direto neutral a marginalmente positivo na demonstração de resultados e no capital do Novo Banco em 2021”, pode ler-se no documento.

Na sexta-feira, a agência “Bloomberg” já havia anunciado que a sociedade gestora Davidson Kempner Capital Management tinha ganho o concurso para a compra deste portefólio de NPL (Non Performing Loans).

Tal como noticiado pelo Jornal Económico, em outubro de 2020, o ‘Projeto Wilkinson’, é um portefólio de crédito malparado com um montante ligeiramente acima dos 200 milhões de euros, e é composto por dívidas em incumprimento de grandes devedores (conhecida na gíria bancária por “single names”).

São essencialmente de créditos incobráveis que não estão cobertos pelo Mecanismo de Capitalização Contingente (CCA) do Fundo de Resolução.

O Projeto Wilkinson deve o seu nome ao jogador inglês Jonny (Jonathan) Wilkinson, que foi decisivo para a Inglaterra vencer o campeonato do mundo de rugby de 2003.

A venda de carteiras de malparado a fundos especializados é uma forma de reduzir de forma mais rápida o stock de malparado e desta forma reduzir os rácios de NPL ou NPE (Non Performing Exposure).

O Novo Banco tinha acordado com Bruxelas, em 2017, reduzir substancialmente o stock de crédito improdutivo.

Esta ano, como a chamada de capital ao Fundo de Resolução tem um tecto político de 480 milhões de euros, o banco tenta constituir menos imparidades para activos cobertos pelos mecanismo de capitalização contingente (CCA) – razão pela qual os créditos que compõem o “Wilkinson”, não estão cobertos pelo CCA.

O Novo Banco teria de constituir todas as imparidades para os ativos cobertos pelo Mecanismo de Capitalização Contingente este ano, mas o teto  de 480 milhões poderá levar a alterações dos planos e compromissos assumidos.

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